Capitulo 7


Era Real.


Olhei em volta incrédula, o cheiro dele estava impregnado em mim, em minha cama, em minha alma. Estava em choque. Deveria ser só um pesadelo. Essas coisas sobrenaturais não existem.
–Meus Deuses- sussurrei.
Ainda estava escuro lá fora. Levantei-me devagar da cama, lagrimas escorriam sem permissão dos meus olhos confusos. "Era tudo real?", pensava enquanto cambaleava em direção ao banheiro. "Como? Como pode ter sido real?" ouvia a água morna encher minha banheira.Com um pouco de esforço olhei-me no espelho. Havia marcas em todo meu corpo. Suas mordidas estavam gravadas em minha pele. Seus beijos mais agressivos faziam-se presente em meu pescoço e seios. Meus cabelos pareciam um ninho de ratos.Pela porta aberta da suíte tinha visão da Last Umbra. Os olhos vermelhos que enfeitavam a empunhadura da espada penetravam minha alma mostrando um belo par de olhos vermelhos encarando-me divertido.


–Khaliadranosh. - Permiti que minha boca verbalizasse o que se repetia em minha mente. - O que foi que eu fiz?- Finalmente meu choro saiu livre. Ajoelhada no piso frio do banheiro encarando aquela coisa em minha parede, revivia cada toque, cada suspiro, cada caricia. Engatinhei para a banheira, a água morna amenizava o incomodo da minha intimidade. Aos poucos a água dissolvia o que restara daquele liquido estranho que continuava escorrendo de dentro de mim. Ele estava em todo meu ser. Dentro e fora do meu corpo, marcado em minha alma e memória para sempre. Meu primeiro tudo foi algo que não deveria existir.
Chorava baixinho abraçada aos meus joelhos. Eu o permiti, pior, eu praticamente implorei para que me tomasse e eu gostei! Aceitei prontamente que ele fizesse o que quisesse comigo! Como explicaria isso? Como falaria pra Dylan que ele já não poderia mais fazer piadas sobre minha virgindade pois eu tinha me entregado a um ser sobrenatural que visita meus sonhos e por quem estava apaixonada?
Ele, com toda a certeza do universo, me colocaria numa camisa de força e me jogaria num hospício! Pelos deuses, EU estava quase me jogando num hospício!
Sequei-me e vesti a primeira roupa que apareceu no meu campo de visão. Subi na cama decidida a fazer algo, que nem eu sabia exatamente o que era. Tirei a maldita espada do suporte. Olhava cada detalhe. Enquanto analisava aquela obra prima da ferraria, como o Sr. Whats mencionou, pensei em como me senti em seus braços, em como seu toque gentil acalmou meu coração, lembrei dos seus olhos nos meus enquanto me fazia sua. Dele. Eu era dele.
Tirei-a da bainha.
–Eu posso estar enganada sobre você. - Falei em voz alta, agora tendo a certeza de que era ouvida. - Mas algumas coisas a gente não controla.
Sua lamina era perfeitamente polida, no centro dela havia inscrições numa língua estranha. Senti a espada pulsar em minha mão.
–O que devo fazer?- Perguntei olhando aquela caveira medonha.
–Liberte-me.

Comentários

  1. Olá, não conhecia o blog, mas como estamos participando da mesma promo resolvi vim visitar todos, amei seu cantinho e amei o conto, vou acompanhar =D Se quiser visitar o meu cantinho será super bem vinda! Já estou te seguindo!

    Beijos Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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